Os estudantes do 9º ano das escolas públicas estaduais e municipais da Paraíba obtiveram o terceiro pior desempenho em Língua Portuguesa na Prova Brasil em 2013 entre os demais estados do país. Dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgados neste mês apontaram que a Paraíba só ficou atrás do Maranhão e de Alagoas. Conforme o Inep, 33,57% dos estudantes matriculados nessa fase escolar no ano passado tinham dificuldade com interpretação de texto e em reconhecer expressões típicas da linguagem.
Para analisar os resultados, o Inep tomou como parâmetro a nota mínima de 150 (Nível 1) e a máxima de 375 (Nível 9). A nota obtida pelos alunos paraibanos desta fase do fundamental foi 223.25 (Nível 1) e também foi inferior à média do país (237.78). O resultado obtido pelos alunos do 5º ano do ensino fundamental não foi diferente. Conforme o Inep, a maioria dos alunos matriculados nesta série (34,02%) apresentou o pior desempenho em Língua Portuguesa na Prova Brasil. Este percentual coloca a Paraíba entre os dez Estados do país com o menor desempenho na última série da primeira fase do ensino fundamental.
De acordo com os resultados da Prova Brasil 2013, até o ano passado a maioria dos alunos que faziam o 5º ano nas escolas públicas paraibanas sabiam apenas reconhecer o assunto principal e o personagem em um texto de Língua Portuguesa. No caso desse grupo de estudantes da Paraíba, a nota obtida foi 172.29 (Nível 2). Mais uma vez, o Estado ainda ficou abaixo da nota média de proficiência do país (189.72).
Para o presidente da Associação dos Professores de Licenciatura Plena do Estado da Paraíba (APLP), Francisco Fernandes, as dificuldades apresentadas pelos alunos referente à Língua Portuguesa pode estar relacionado à carência na qualificação dos professores e aplicabilidade de programas para melhorias na educação básica.
“Nós temos planos nacionais, estaduais e municipais de educação, legislação específica e o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e tudo isso deveria refletir em uma evolução na educação. Mas essa legislação não é aplicada e isso respinga em resultados como esse. Na Paraíba, assim como em muitos estados do país, falta uma homogeneidade no sistema educacional público para que os alunos tenham interesse pela própria língua”, criticou o professor.
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