Embaixador Antonio Patriota, que preside comissão, declara que crises em vários países indicam necessidade de melhorar prevenção do retorno de conflitos violentos; financiamento adequado ainda é desafio.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.
O Conselho de Segurança adotou esta quarta-feira, por unanimidade, uma medida reafirmando seu compromisso com a construção da paz em países que saem de conflitos.
O órgão reconheceu a importância de ações para a consolidação da paz dentro dos esforços da ONU em ajudar essas nações. Na reunião em Nova York, o Conselho reafirmou que a paz sustentável e a segurança dependem de uma abordagem integrada, baseada na coerência entre questões políticas, de segurança e de desenvolvimento.
África
A Comissão para Consolidação da Paz da ONU é presidida pelo embaixador brasileiro junto à organização. Ao Conselho de Segurança, Antonio Patriota declarou que crises atuais indicam a necessidade de melhorar as ações disponíveis para prevenir o retorno da violência.
Em inglês, o embaixador Antonio Patriota citou as crises na República Centro Africana, no Sudão do Sul e na Líbia e os riscos impostos pelo vírus ebola. Segundo ele, são situações que reforçam a importância de respostas em várias frentes, cuidadosas e de longo prazo.
Financiamento
O embaixador brasileiro alertou que a consolidação da paz não tem recebido a devida atenção e o compromisso merecido da comunidade internacional. Um dos desafios, segundo Patriota, é a falta de financiamento adequado para atividades nos setores de segurança e de justiça dos países que saem de conflitos.
A Comissão para Consolidação da Paz é um órgão intergovernamental criado pelas Nações Unidas em 2005. Atualmente presidida pelo Brasil, a comissão trata da situação no Burundi, na Guiné, na Guiné-Bissau e ainda, na Libéria, na República Centro-Africana e em Serra Leoa.