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Manoel Junior diz que gestão de Cartaxo é marcada pela lentidão

O deputado federal Manoel Junior (PMDB-PB) afirmou em entrevista ao programa Correio Debate (Sistema Correio) desta sexta-feira que a gestão do prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, é marcada pela lentidão e falta de ação administrativa.

Segundo o parlamentar, que é pré-candidato a prefeito da Capital, “Cartaxo recebeu muitos recursos federais por pertencer, até outro dia, ao partido da presidência da República, o PT, mas não aplicou em áreas carentes como a saúde, por exemplo, porque sua gestão é muita lenta. Falta ação”.

O peemedebista declarou que está conversando com partidos de oposição para fechar alianças com vista às eleições 2016. Manoel Junior informou que vai iniciar uma série de seminários com a participação de especialistas para discutir temas como educação, saúde, infraestrutura, cultura entre outros, com o objetivo de fechar um plano de governo que atenda às necessidades da população pessoense.

O deputado Manoel Junior ainda não tem uma posição firmada em relação ao pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

“É preciso avaliar três fatores em um pedido de impeachment: o componente político, a ordem técnica da peça jurídica e a voz das ruas. Vou avaliar com profundidade o que diz a ordem técnica e a defesa que a presidente apresentar, vou escutar a posição do meu partido, mas, sobretudo, vou ouvir a minha consciência antes de decidir o meu voto”, argumentou.

Com relação ao episódio da carta enviada pelo vice-presidente Michel Temer à presidente Dilma, Manoel Junior se mostrou solidário ao vice, que também é presidente de seu partido, o PMDB, e atestou que ele está muito tranqüilo. “Ele fez uma carta pessoal colocando seus dissabores e mágoas quanto ao comportamento dela. Temer é um homem comedido, discreto”, afirmou o deputado. Ele lembrou que o ajuste fiscal foi aprovado graças à articulação do vice-presidente.

 Questionado sobre a acusação de pertencer a uma tropa de choque que defende o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, acusado de quebra de decoro parlamentar, no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, o deputado afirmou que não é verdade que tenha assumido esse papel, mas que também não defenderá a cassação de Cunha para evitar de cometer erros que são irreparáveis como alguns que já aconteceram na própria casa legislativa como a cassação do ex-presidente Ibsen Pinheiro e do deputado ‘Luizinho’, posteriormente inocentados.

“Já tivemos vários exemplos de parlamentares injustiçados com o nome jogado na lama, punidos pelo Conselho de Ética, cassados, e depois inocentados pelo Supremo Tribunal Federal. Mas e aí? Quem poderia devolver seus mandatos?  E o desgaste moral que sofreram? Vejam o caso de Ney Suassuna que tinha uma eleição praticamente ganha e perdeu por ter seu nome envolvido no escândalo conhecido como “Sanguessuga”. Depois foi inocentado. Hoje mesmo a imprensa divulga que o TRF (Tribunal Regional Federal) inocentou o deputado Carlos Dunga, que teve o nome também envolvido no mesmo caso. Não há político mais probo que Marcondes Gadelha, também acusado e inocentado. Então, não se trata de defender Cunha, mas defender que a pena imposta não seja irreparável, como é a cassação”, avaliou Manoel Junior.

LF/ascom

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