No mês de março, a desaceleração da inflação, calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, conhecido como IPCA, reflete a queda na demanda por bens e serviços no país. De fevereiro para março, o índice caiu de 0,90% para 0,43% e os resultados são os melhores constatados desde março de 2012.
Os resultados são positivos para a população e, pela primeira vez em dois meses de estabilidade, fevereiro e março, as previsões do mercado financeiro para o IPCA do ano que vem saíram do teto da meta, mas continuam elevadas.
A queda nos números foi ainda mais impactante quando analisamos os dados do mesmo período do ano anterior. Em 2015, a porcentagem era de 1,32%. Em um balanço geral, o índice de 2015 chegou a atingir o patamar de dois dígitos, a 10,48%, mas, com a desaceleração de março de 2016, o acumulado voltou a cair para a casa de um dígito, a 9,39%.
Um dos fatores que mobilizou o desaceleramento do IPCA, por exemplo, foi a queda nas tarifas de telefonia, tanto fixa quanto móvel, segundo o IBGE. Os serviços de comunicação recuaram 1,65% em março, no geral. O destaque fica com a queda de 2,71% para o setor de celulares, ao passo que o telefone fixo baixou 2,89%. E a tendência de queda se mantém para o próximo mês.
Como consequência da recessão, a demanda por serviços variados caiu e os preços do setor se mantiveram mais baixos. Além disso, a estabilização do dólar a R$ 3,70, a queda na cobrança da energia elétrica graças à mudança na bandeira tarifária e a redução do preço dos alimentos devido às boas condições climáticas são mais motivos que levam os analistas a projetar uma menor inflação.
A queda dos indicadores da inflação traz como resultado a redução da pressão sobre um possível aumento dos juros e também pode indicar uma antecipação do corte da taxa Selic, que define o piso dos juros no país.
Fonte: Correio da Paraíba