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AUTOCRÍTICA, termo ausente na maioria das gestões públicas - Por Lázaro Farias

Numa rápida pesquisa na enciclopédia livre Wikipédia, podemos obter a seguinte definição para o termo autocrítica:  

"processo de análise crítica de um indivíduo (ou, coletivamente, de uma sociedade ou instituição) sobre seus próprios atos, considerando principalmente os erros que eventualmente tenha cometido e suas perspectivas de correção e aprimoramento".

De modo geral podemos compreender que a (AUTO)crítica tem  haver com a nossa capacidade de olhar para dentro, buscando as próprias falhas, erros, limitações, para melhorarmos comportamentos, atitudes. 

Agora se a ausência dessa virtude em um ser humano torna as coisas difíceis, imagine em um governo que deve cuidar de uma nação, de um estado ou no mínimo de uma cidade.  

Aqui no Brasil é escancarada a ausência da autocrítica nos governos em todas as instâncias, raramente se encontra um governante com a extraordinária capacidade, de avaliar criteriosamente ações negativas, aceitando críticas e principalmente, revendo posições. Mas ao contrário, temos "super pessoas", que não erram, não mudam, que chamam cargo público de "meu" e que falam "eu" a todo instante, se referindo a coisa pública, ou seja, que deveria ser "nós". 

Nessa órbita as equipes de governo normalmente são formadas por pessoas programadas para "só dizer sim", uma condição essencial para se manterem onde estão. 

Nessa luta diária, assessores não economizam elogios, concordam com as ideias mais esdrúxulas possíveis, dão risadas de piadas sem graça, e esquecem o interesse coletivo, mediocrizando assim suas próprias atribuições e existências, uns por inocência, outros por esperteza. 

A questão central é perceber que governos que assumem esse tipo de postura, estão fadados ao insucesso, desmoronam lento, ou rapidamente, a queda, como no caso do PT aqui no Brasil, é certa. 

Quem já ouviu o PT, Dilma e Lula, dizer que erraram? Pode ter sido um dos motivos da queda e do conjunto da obra.

Mas o fracasso dos governos que não reconhecem erros, é inevitável até para os que apesar disso, não caem. O insucesso nesse caso consiste em seguir no "poder", errando mais do que acertando, arruinando a vida do povo nas cidades, estados e no país. É o que se verifica em larga escala Brasil a fora. 

Certa vez o Ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, ao ser entrevistado a respeito desse tema, disse no programa do Jô, que o maior desafio que encontrou para governar o país, foi encontrar alguém que dissesse ao chefe da nação, que ele estava em algum momento errado, dos mais de 20 ministros que o serviu, ele destacou com essa ousadia,  apenas José Serra. 

FHC chegou a dizer que se numa reunião decidisse que o futebol no Brasil seria mais atrativo com uma bola quadrada, a maioria concordaria, e concluiu dizendo que esse fenômeno é extremamente negativo nas relações de poder. 

É necessário construir imediatamente governos com capacidade de introspecção, e na sociedade as pessoas precisam ser mais ousadas, capazes de discordar de sistemas obsoletos, que "não erram".  

  


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