Apesar da queda no número de casos e do fim da epidemia declarada em maio do ano passado, a zika continua sendo uma preocupação para grávidas no país, segundo o infectologista Artur Timermann, presidente da Sociedade Brasileira de Arborivores (SBA).
“O risco da zika existe, só não é possível dimensioná-lo com precisão porque existe uma lacuna no Brasil em relação ao diagnóstico da doença. Não sabemos qual a real magnitude do problema. Fala-se que o diagnóstico é clínico, mas não é. Ninguém consegue, apenas observando um paciente, afirmar se ele tem zika, dengue ou chikungunya. É preciso realizar uma sorologia e um teste genético do vírus”, afirma.
O Brasil registra mais de 7 mil casos prováveis da doença – no ano passado foram 17 mil –, sendo 3.155 confirmados, o que corresponde a 42,5% do total, de acordo com o último Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, de outubro.