COLUNA POLÍTICA | Deusdete Queiroga: fora do páreo ou ainda peça no jogo?
De acordo com fontes ouvidas pelo portal Lázaro Farias, o nome do secretário Deusdete Queiroga foi incluído em uma pesquisa interna encomendada pela oposição paraibana, com o objetivo de avaliar o cenário ideal para a disputa eleitoral de 2026.
A movimentação, embora discreta, levanta questionamentos sobre os bastidores políticos do estado e pode revelar mais do que aparenta. A matéria completa sobrfe a pesquisa pode ser lida neste link.
Deusdete já teve os holofotes voltados para si em outro momento do governo João Azevêdo, especialmente quando se cogitava que o governador permaneceria no cargo até o fim do mandato, justamente para ter a prerrogativa de indicar pessoalmente o sucessor — e o nome de Queiroga despontava como favorito, por laços de confiança e longa convivência política.
Porém, esse cenário começou a mudar com o avanço das articulações em torno da candidatura de João ao Senado. Pressionado por forças políticas locais — e sobretudo pelo projeto nacional da esquerda de fortalecer sua bancada no Senado Federal — o plano sucessório inicial perdeu força. Desde então, Deusdete passou a ser considerado fora do páreo, já que nesse cenário, Lucas Ribeiro, como vice-governador, seria o sucessor natural de João, ganhando força para disputar a reeleição.
Mas agora, com a provável inclusão do seu nome em uma pesquisa da oposição, o que estaria acontecendo nos bastidores?
Seria uma sondagem isolada? Ou a oposição ainda considera a possibilidade de João resgatar o nome do “super secretário” como um gesto para tentar continuar seu projeto político e de gestão?
Seja qual for a resposta, não parece provável que Deusdete volte a figurar como favorito na base governista. A cada semana, surgem novos episódios que aumentam a disputa interna entre os aliados do governo, evidenciando que a escolha do sucessor de João Azevêdo está longe de ser consenso — e que qualquer sinal de favoritismo reacende tensões.
Por enquanto, fica a dúvida no ar: por que a oposição testou o nome de Deusdete como um adversário a ser enfrentado nas urnas? Curiosidade técnica? Provocação estratégica? Ou uma sinalização de que, mesmo fora da cena principal, ele ainda pode interferir no roteiro?