A Paraíba entra na semana com os olhos voltados para o Sertão. O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, cumprirá agenda oficial na próxima quarta-feira (29), no município de Cachoeira dos Índios, onde participa da cerimônia de entrega do primeiro trecho do Ramal do Apodi, obra que integra o projeto de transposição do Rio São Francisco.
A visita, de forte simbolismo político e social, deve reunir autoridades locais, governadores, ministros e lideranças populares, tornando-se um ponto de convergência para diferentes espectros políticos. A expectativa é de que o evento tenha grande repercussão não apenas pelas obras hídricas, mas também pelos efeitos que pode causar no tabuleiro político paraibano, sobretudo entre os que se articulam para 2026.
O Ramal do Apodi vai beneficiar diretamente o Rio Grande do Norte e o Ceará, mas parte de sua estrutura está localizada em solo paraibano, o que reforça a importância da Paraíba na engrenagem da transposição. A obra, que se inicia na Barragem de Caiçara, tem mais de 115 quilômetros de extensão e se projeta como um dos maiores empreendimentos hídricos em andamento no país.
Aliados do governo federal pretendem usar a ocasião para demonstrar força política no estado, enquanto a oposição avalia estratégias de reação, evitando perder espaço num evento de tamanha visibilidade. O clima é de mobilização nos bastidores.
Lideranças locais, prefeitos e parlamentares paraibanos já confirmaram presença, e há expectativa de discursos que reforcem compromissos com o desenvolvimento do semiárido, especialmente no tocante à segurança hídrica e ao fortalecimento da agricultura familiar.
A presença do presidente Lula no Sertão da Paraíba deve, portanto, ser lida não apenas como uma ação de governo, mas como um movimento de afirmação política em um momento de recomposição de forças no estado e no Nordeste.
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