O Conselho Regional de Enfermagem da Paraíba (Coren-PB) interditou, nesta segunda-feira (07), as atividades de Enfermagem na Central de Material e Esterilização (CME) e na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Adulto do Hospital Regional de Cajazeiras. A medida foi adotada após fiscalização constatar graves falhas estruturais que comprometem a segurança de pacientes e profissionais de saúde.
Segundo o relatório do Coren-PB, os dois setores apresentam condições totalmente inadequadas para o funcionamento seguro, exigindo intervenções imediatas.
🗣️ “A vida de pacientes e profissionais de Enfermagem está em risco devido às inaceitáveis falhas estruturais em setores do Hospital Regional de Cajazeiras. A interdição só será revogada quando o hospital demonstrar completa resolução dos problemas e atendimento irrestrito às normas legais”, declarou Rayra Beserra, presidente do Coren-PB.
🔍 Principais problemas identificados:
Na CME, o fluxo de trabalho está gravemente comprometido pela separação física entre etapas essenciais: a limpeza e o preparo dos materiais cirúrgicos ocorrem no prédio principal, enquanto a esterilização é feita em um anexo. Esse processo exige o transporte manual dos materiais por um trajeto longo, com rampas e áreas ao ar livre, expondo os itens a poeira e vento — prática que fere normas sanitárias e aumenta o risco de contaminação.
Na UTI Adulto, onde são atendidos pacientes em estado crítico e com baixa imunidade, foram identificadas falhas estruturais que impedem o controle eficaz de infecções. A disposição dos leitos e a circulação de materiais contaminados geram riscos elevados de infecções hospitalares, colocando em perigo a vida dos pacientes mais vulneráveis.
A interdição foi formalizada pela Decisão Coren-PB nº 264/2025, com base na Lei Federal nº 5.905/73, no Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem e no processo administrativo nº 40437/2025, que constatou ser inviável a prática segura das atividades de Enfermagem nas condições atuais.
✅ Medidas para retomada
Para que os setores sejam liberados, o hospital deverá:
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Corrigir todas as irregularidades estruturais e sanitárias;
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Solicitar formalmente a desinterdição à presidência do Coren-PB;
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Atender integralmente às exigências da Resolução Cofen nº 565/2017.
O Conselho reforça que qualquer profissional que descumprir a interdição poderá sofrer sanções, conforme o Código de Ética e a legislação vigente. O objetivo da medida é garantir a qualidade da assistência à população e preservar a integridade física e mental dos profissionais de Enfermagem.
