O governador Ricardo Coutinho falou à imprensa sobre a formação da aliança nacional entre o PMDB e o PSDB e que, possivelmente, poderá ter desdobramento em João Pessoa na disputa da Prefeitura Municipal, a qual poderá descambar para um eventual apoio à candidatura do deputado federal Manoel Júnior, desfazendo a aliança com o PSB.
Conforme o governador, cada um sabe do seu caminho, mas lembrou que os seus aliados precisam ser aliados.
“Aliado sem ser aliado não é aliado e nós vamos cobrar isso, porque eu nunca vi um aliado querer derrotar o outro. O aliado é pra fortalecer o aliado”, destacou.
Ricardo lembrou ainda que é assim ele faz e sempre fez e é a assim mesmo que quer que seus aliados procedam.
“É desta forma que vamos conduzir a nossa postura política. As pessoas sabem do caminho que precisam ter. Eu também sei o meu e no momento adequado o nosso partido irá falar”, observou.
Já no plano nacional, onde todos sabem do seu posicionamento em relação à presidente Dilma Rousseff, disse que jamais aceitará qualquer tipo de retaliação e seja de quem for porque é um dever e um direito seu como representante de um Estado.
“A Paraíba pode ser pequena, mas não é covarde. Não tem um governador covarde, mas sim um que sabe dos seus deveres, sabe do respeito que deve ter, mas sabe também da defesa dos interesses do seu povo e não abro mão disso. Como também, não posso abrir mão por uma questão de existência dos meus princípios”, enfatizou.
O governador se disse ainda disposto a dialogar com o novo governo, caso o presidente Michel Temer queira. Avaliou ainda que o Brasil não pode sofrer um retrocesso, pois governo nenhum tem donos.
“Eu vejo alguns parlamentares dizendo que o governador da Paraíba para poder conseguir empréstimo tem que recorrer a um senador. Quer dizer que o senador passou a ser dono de um empréstimo que o povo precisa? É essa concepção de democracia que algumas figurinhas carimbadas da política têm? Eu rechaço isso porque eu sempre lutarei contra esse tipo de comportamento”, rebateu.