Classificando como “hospital de guerra”, o diretor do Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande, Geraldo Medeiros, informou que a unidade hospitalar gasta algo em torno de R$ 1,5 milhão mensais para custear acidentados de motos.
Esta é a principal causa do número de entrada de pacientes no final de semana e feriados.
No feriado da Proclamação da República não foi diferente, o Trauma de Campina ficou superlotado com vários casos de acidentados advindos não só de outras cidades da Paraíba, como também do Rio Grande do Norte, Pernambuco e Ceará.
– Todos os cirurgiões-gerais estavam trabalhando em regime ininterrupto. Os números causaram surpresas mesmo com um ‘hospital de guerra’ como o Trauma, que recebe não só da Paraíba mas de outros estados, e também congestionamento na unidade – disse o diretor.
Apesar do grande número de pacientes advindos de outros estados, estes entes da federação não compactuam convênios com a unidade em Campina Grande, ficando o custeio de forma unilateral.
– O Trauma não tem nenhum convênio com outros estados e isso é um problema antigo que o governo federal tem que resolver. Isso representa uma fatia substancial de um custeio financeiro do Trauma de Campina Grande, com pacientes oriundos de outros estados. Ano passado atendemos 108 municípios de estados circunvizinhos. É um elemento preocupante e que o hospital com essa alta demanda, principalmente essas epidemias de acidentados de moto, sobrecarrega o Estado e o custeio da unidade – disse.
Geraldo ainda ressaltou que 90% das causas dos acidentes continuam sendo a imprudência, como alta velocidade, ultrapassagem indevida e a ingestão de bebida alcoólica.
*Informações repercutidas na Rádio Campina FM