João mostra disposição de levar texto de Reforma da Previdência para a Assembleia

O governador João Azevêdo (PSB) iniciou com os deputados estaduais uma conversa sobre a Reforma da Previdência. O debate ocorreu no mesmo dia em que foi colocado em pauta, na Câmara dos Deputados, a votação do segundo turno da matéria, aprovada na madrugada desta quarta-feira (7). O problema para estados e municípios é que eles foram deixados de fora. A esperança é a de que um destaque seja incluído no Senado, livrando governos e prefeituras deste “cálice”.

João explicou para os parlamentares da base aliada, ao menos os presentes, que vai mandar projeto para a Assembleia Legislativa, caso a questão não seja aprovada no Congresso. No plano nacional, os parlamentares fizeram pressão sobre o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para tirar o tema da discussão. Eles se mostraram incomodados com a posição de governadores que, na visão deles, não se mobilizavam em favor do projeto.

A estratégia tende a fazer com que os estados e municípios tenham que resolver, eles mesmos, o próprio problema com a previdência. O déficit previsto para este ano, na Paraíba, é de R$ 2,8 bilhões. Para o ano que vem, este montante deve subir para R$ 4,5 bilhões.  O problema é que um projeto estadual deverá enfrentar resistência na Assembleia Legislativa, principalmente, por causa dos aliados mais próximos ao governador.

Há outros complicativos que precisam ser colocados no radar. O primeiro é o fato de o PSB, partido de João, ter se colocado contra a Reforma da Previdência nacionalmente. Há até deputados correndo o risco de ser expulsos na sigla. Um dos maiores críticos à reforma é justamente o ex-governador Ricardo Coutinho, padrinho político do atual gestor. Para completar, entre os socialistas, Cida Ramos, Estela Bezerra e Jeová Campos já se colocaram contra a matéria.

Um governista revelou ao blog que é uma carga pesada demais para o governador esperar votos da oposição para aprovar a matéria. Já outro disse que vota no momento em que ver Cida, Estela e Jeová defendendo o projeto na tribuna. Há também os que acham que o atual governo, pelas amarras que tem, não conseguirá aprovar a matéria. O melhor caminho ainda é fazer figuinha para que o Congresso resolva o problema.

Jornal da Paraíba 
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