O prefeito Romero Rodrigues (foto) formalizou, na última
quinta-feira, 26, pedido ao governo federal para que se instale o Programa
Escola Cívico Militar em duas unidades de ensino de Campina Grande. Com o
ofício, encaminhado ao ministro da Educação, Abraham Weintraub, na prática,
Campina torna-se a primeira cidade do Nordeste a pleitear o programa. Está
prevista a implementação de 216 colégios até 2023 – 54 por ano, a começar por
2020.
Seguindo o padrão estabelecido pelo MEC, o programa para ser
implantado precisa das manifestações conjuntas do Município e do Estado. Nesse
sentido, Romero Rodrigues encaminhou dois ofícios com o mesmo objetivo de
parceria: um ao governador João Azevedo e outro ao ministro Abraham Weintraub.
De acordo com os ofícios, duas escolas municipais em áreas reconhecidamente
carentes de dois bairros de Campina Grande são indicadas para receber o
programa que prioriza o ensino militar no sistema de ensino parceiro: a Dr.
Chateaubriand, no José Pinheiro, e a Lafayete Cavalcante, nas Malvinas.
Além de agregar valores à melhoria da qualidade no ensino básico
no Município de Campina Grande, Romero Rodrigues destaca que a implantação do
programa nessas duas escolas em dois dos mais populosos bairros da cidade
atingirá os objetivos do “Escola Cívico Militar”: instalação em áreas de
vulnerabilidade social, redução dos índices de violência, da evasão, da
repetência e do abandono escolar.
Rodolfo Gaudêncio: avanços
Para o secretário de Educação de Campina Grande, Rodolfo
Gaudêncio, o município já conta com uma rede municipal onde se destacam
iniciativas que viraram referência nacional – como a instalação e ampliação das
escolas em regime integral com ensino bilíngue a criação de cargos de
cuidadores para crianças especiais e o próprio desempenho evolutivo do
Município nos índices do IDEB . “Com a possível nova parceria com o governo
federal neste novo programa, avançaremos mais na qualidade da educação
municipal”, acredita.
Saiba detalhes sobre o Programa
Saiba detalhes sobre o Programa
O modelo de excelência vai abranger as áreas:
– didático-pedagógica: com atividades de supervisão escolar e
psicopedagogia para melhorar o processo de ensino-aprendizagem preservando as
atribuições exclusivas dos docentes;
– educacional: pretende fortalecer os valores humanos, éticos e
morais bem como incentivar a formação integral como cidadão e promover a
sensação de pertencimento no ambiente escolar;
– administrativa: para aprimorar a infraestrutura e a
organização da escola para aprimorar a utilização de recursos disponíveis na
unidade escolar.
Apenas nesses dois últimos pontos haverá a participação dos
militares.
Fonte: Paraíba Online