Ricardo teria recebido propina para folha do Estado ir para o Bradesco

Um novo trecho da deleção de Ivan Burity, ex-secretário de Estado e delator da Operação Calvário, que investiga esquema de corrupção e desvio de recursos públicos do Estado entre 2011 e 2018, trouxe à tona um suposto caso de propina envolvendo o ex-governador Ricardo Coutinho, o banco Bradesco e a empresa Alpargatas. As informações foram divulgadas nesta sexta-feira (10) pela revista Crusoé.

Na delação, Ivan cita que Ricardo soube que o Bradesco e a Alpargatas haviam feito doações para Cássio Cunha Lima (PSDB) e ordenou que Ivan Burity e a então secretária de Administração da Paraíba, Livânia Farias, viajassem a São Paulo para também pedir doações às duas empresas.

“A ordem, diz o delator, era “ir pra cima” e conseguir R$ 3 ou R$ 4 milhões. Deu certo. Burity contou que o Bradesco e a Alpargatas concordaram em dar o dinheiro, oficialmente, mas as doações foram condicionadas a benefícios no governo de Coutinho. Diz ele: “Os benefícios do Bradesco estavam relacionados ao processamento e operacionalização dos créditos consignados tomados pelos servidores públicos estatais ao passo que Alpargatas tinha benefícios fiscais”. Teria funcionado.”, diz um trecho da matéria da Crusoé.

Ainda segundo a matéria, Ivan relatou que a partir das doações a relação entre o governo de Ricardo e as empresas foram “estreitadas”.

Fonte 83
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