Exclusivo: Racha no PT e Fragmentação da Direita Redesenham o Cenário Político para 2026

Jornalista Lázaro Farias

24 abr., 2025

"Se o PT não se unir, 2026 pode ser o fim de um ciclo histórico. E do outro lado, a direita não tem líder com força para juntar os cacos." — Análise de bastidores do Portal Lázaro Farias

Por Redação Portal Lázaro Farias | Publicado em 24/04/2025

O cenário político brasileiro vive um momento de tensão e indefinição. De um lado, o Partido dos Trabalhadores (PT) enfrenta uma crise interna sem precedentes. De outro, a direita brasileira está fragmentada, sem um nome de consenso para a eleição presidencial de 2026.

Racha interno no PT: disputas por poder e fundo partidário

A corrente majoritária do PT, chamada Construindo um Novo Brasil (CNB), está prestes a se dividir. A disputa pela presidência do partido, marcada para julho, revelou conflitos intensos. De um lado, o ex-prefeito de Araraquara Edinho Silva, apoiado pelo presidente Lula. Do outro, líderes como Gleisi Hoffmann, José Guimarães e Jilmar Tatto resistem à hegemonia da CNB.

Segundo apuração do Correio Braziliense, o centro da disputa é o controle sobre o fundo partidário, além da comunicação institucional da legenda e a indicação de nomes para cargos estratégicos.

"Há uma clara disputa interna pelo comando do partido. A sucessão de Gleisi Hoffmann expôs as rachaduras que estavam encobertas." — Apuração do Correio Braziliense

Fragmentação da direita: muitos nomes, nenhuma liderança forte

Com Jair Bolsonaro inelegível até 2030, a direita enfrenta dificuldades para encontrar uma nova liderança. Governadores como Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Romeu Zema (Novo-MG) e Ronaldo Caiado (União Brasil-GO) tentam se projetar nacionalmente.

Mas a situação é ainda mais difusa: personalidades como Pablo Marçal e até o cantor Gusttavo Lima anunciaram que estudam entrar na corrida presidencial.

Reportagem do jornal El País classificou esse movimento como um "leilão de influência" no vácuo deixado por Bolsonaro, onde todos tentam liderar, mas ninguém consegue se impor.

"A ausência de um sucessor direto de Bolsonaro abriu espaço para uma corrida desorganizada, sem comando e sem direção." — Reportagem do El País

O que está em jogo em 2026?

A combinação entre crise interna no PT e a pulverização da direita cria um cenário eleitoral inédito no Brasil. O campo progressista tenta se reorganizar em torno do legado de Lula, enquanto os conservadores disputam quem herdará os votos bolsonaristas.

"O governo precisa fazer disputa política diuturnamente, assim como Bolsonaro fez todos os dias de seu governo." — Raimundo Bonfim, líder da Central de Movimentos Populares