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Novo consignado com FGTS: entenda os riscos antes de entrar nessa!

Em apuração do portal Lázaro Farias, especialistas em defesa do consumidor fazem um alerta importante sobre a nova modalidade de empréstimo consignado liberada pelo governo federal. Agora, trabalhadores com carteira assinada na iniciativa privada podem contratar crédito com garantia do FGTS — mas é preciso muito cuidado para não cair em uma armadilha financeira.

O empréstimo permite comprometer até 35% do salário e usa como garantia 10% do saldo do FGTS ou até 100% da multa rescisória, em caso de demissão sem justa causa.

Segundo o diretor do Procon-SP, Luiz Orsatti Filho, usar o FGTS como garantia exige planejamento, já que esse fundo é, muitas vezes, a única reserva financeira de trabalhadores do setor privado. O risco é trocar uma segurança futura por uma dívida mal avaliada.

Cuidado com os juros e cobranças indevidas

Apesar de prometer taxas menores, o Procon alerta: todos os custos da operação devem estar incluídos na taxa informada. Não pode haver cobrança extra nem carência para começar a pagar. O contrato deve trazer informações claras sobre:

• Valor total com e sem juros

• Número e valor das parcelas

• Taxa de juros mensal e anual

• Data de início e fim dos descontos

• Custo efetivo total da operação

O pagamento será feito direto da folha de pagamento via eSocial, ou seja, o desconto é automático.

Contratação só por canais oficiais

A proposta deve ser feita no aplicativo da Carteira de Trabalho Digital, e o contrato só pode ser assinado nos canais oficiais das instituições financeiras. Não é permitida contratação por telefone.

Análise crítica: risco de endividamento disfarçado

A nova modalidade pode até parecer vantajosa pela garantia e juros menores, mas esconde armadilhas. O principal risco é o endividamento sem planejamento, o que pode levar o trabalhador a perder parte de sua única reserva — o FGTS — sem conseguir sair do aperto financeiro.

Segundo a advogada Renata Abalem, o crédito só deve ser buscado em último caso. Se for para pagar outra dívida, o consumidor precisa ter certeza de que isso não vai se tornar um prejuízo ainda maior.

Em resumo: crédito fácil não é sinônimo de solução rápida. Avalie bem sua situação, simule as parcelas e, se possível, busque orientação financeira antes de contratar.

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