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Oposição pressiona por CPI do INSS, mas enfrenta obstáculos na Câmara

Parlamentares da oposição protocolaram um pedido para instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) visando investigar supostas fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A iniciativa, liderada pelo deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO), surge após a operação “Sem Desconto” da Polícia Federal, que revelou irregularidades em descontos indevidos aplicados a aposentados e pensionistas.

A operação, deflagrada em 23 de abril, cumpriu 211 mandados de busca e apreensão e seis de prisão temporária em 13 estados e no Distrito Federal. As investigações apontam para um esquema envolvendo entidades associativas que, sem a devida estrutura, firmaram acordos com o INSS para aplicar descontos nos benefícios dos segurados. A Controladoria-Geral da União (CGU) identificou que 70% dessas entidades não apresentaram a documentação completa exigida pelo INSS. 

Apesar de já terem coletado 68 assinaturas, os oposicionistas ainda precisam alcançar o mínimo de 171 apoios para que o pedido seja formalmente apresentado à Mesa Diretora da Câmara. No entanto, mesmo com o número necessário de assinaturas, a instalação da CPI depende da decisão do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que atualmente analisa 12 pedidos de comissões semelhantes. 

A oposição teme que o pedido fique estagnado devido à fila de requerimentos e à necessidade de avaliação por parte da presidência da Casa. A situação evidencia as dificuldades enfrentadas por parlamentares para instaurar CPIs, mesmo diante de indícios de irregularidades que impactam diretamente os cidadãos.

Enquanto isso, aposentados e pensionistas afetados pelos descontos indevidos podem solicitar a exclusão dos débitos por meio do aplicativo ou site “Meu INSS”. 

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