O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), vive momentos de tensão em Tel Aviv, Israel, onde está abrigado com outros 24 gestores brasileiros em um bunker. A viagem faz parte do Muni Tour 2025, programa de cooperação internacional nas áreas de segurança cidadã e desenvolvimento sustentável. A presença da delegação coincidiu com a escalada do conflito entre Israel e Irã, que trocam ataques desde a última quinta-feira (12).
Neste sábado (14), o embaixador Carlos Sérgio Sobral Duarte, secretário de África e Oriente Médio, ligou para o chanceler de Israel e solicitou prioridade na retirada em segurança do prefeito e dos demais brasileiros. No entanto, o governo israelense tem aconselhado que todas as comitivas estrangeiras permaneçam no país até que haja condições seguras para deslocamento aéreo ou terrestre.
Diante do impasse, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, dialoga com autoridades da Jordânia para abrir uma rota alternativa de evacuação por terra, quando possível.
Em entrevista ao programa Poder e Notícia, da Rede Mais Rádios, Cícero revelou que a última noite foi a mais crítica desde sua chegada. “Cerca de três ou quatro vezes tivemos que ir para o abrigo. Foi a resposta do Irã após o primeiro ataque de Israel”, contou. Ele também alertou para a necessidade de estar sempre atento aos sinais de alerta e agir com rapidez para se proteger: “Tem que sair do quarto e correr para a sala antibomba.”
O espaço aéreo israelense continua fechado, e a embaixada brasileira segue monitorando a situação das duas comitivas do país que estão em território israelense.