Ex-ministro Gilson Machado é preso pela PF em operação no Recife

 


Nesta sexta-feira (13), a Polícia Federal cumpriu, em Recife, um mandado de prisão preventiva contra Gilson Machado Neto, ex-ministro do Turismo do governo Bolsonaro, e alvo de investigação por suposta tentativa de obstrução de justiça.

🚨 O que a investigação apurou:

  • Há indícios de que Machado teria atuado junto ao Consulado de Portugal em Recife, em maio de 2025, para viabilizar a emissão de passaporte português para o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, com o objetivo de facilitar sua eventual fuga do país.

  • A Procuradoria-Geral da República, com base em informações da PF, solicitou que o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizasse a investigação, bem como buscas e quebras de sigilos envolvendo o caso.

Outros alvos da operação:

  • Foi expedido mandado para a prisão de Mauro Cid, mas a ordem foi revogada pouco antes de sua execução. Mesmo assim, ele prestou depoimento e teve seus celulares apreendidos.

Quem é Gilson Machado:

  • Veterinário, empresário, produtor rural e músico (fundador da banda Forró da Brucelose), ganhou notoriedade por participar de lives de Bolsonaro tocando sanfona.

  • Foi presidente da Embratur (maio/2019‑dez/2020; nov/2022‑jan/2023) e ministro do Turismo (dez/2020‑mar/2022).

  • Disputou vaga ao Senado por Pernambuco em 2022 e concorreu à prefeitura de Recife em 2024, mas não foi eleito.

Situação atual:

  • A PF confirmou a prisão e a realização de buscas em endereços ligados ao ex-ministro em Recife, e também em Brasília, em ações relacionadas à investigação.

  • O Partido Liberal (PL), sigla de Machado, declarou que acompanha o caso e aguarda esclarecimentos.

  • A defesa do ex-ministro nega qualquer envolvimento na tentativa de obtenção de passaporte para Mauro Cid, afirmando que eventual contato com o consulado destinava-se apenas a assuntos pessoais de familiares.


Contexto político
A prisão ocorre no âmbito de investigações sobre o “inquérito do golpe”, que visa apurar os atos de insurreição do ex-presidente Bolsonaro após as eleições de 2022. Gilson Machado e Mauro Cid fazem parte dos cerca de 30 réus acusados de planejar um golpe para anular o resultado eleitoral.

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