Segundo levantamento do Ministério Público do Trabalho na Paraíba (MPT‑PB), o número de trabalhadores resgatados em condições análogas à escravidão aumentou 263% entre 2023 e 2025, saltando de 62 para 225 pessoas
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. A maior parte dos casos (94%) ocorreu em obras da construção civil, sobretudo em João Pessoa e Cabedelo, enquanto apenas 3% foram registrados em pedreiras
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Este crescimento acelerado coloca a Paraíba como alvo de uma operação intensificada do Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), com apoio do MPT, da Departamento Público da União (DPU), do Ministério Público Federal (MPF) e da Polícia Federal (PF)
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Na última operação, ocorrida entre os dias 14 e 23 de julho de 2025, foram resgatados 112 trabalhadores de oito empresas da construção civil nos municípios de João Pessoa e Cabedelo. As vítimas trabalhavam em condições degradantes: dormiam em estruturas inacabadas, muitas vezes ao lado de sacos de cimento, fiação exposta, sem higiene adequada e sem sombra de segurança contra queda (inclusive em andares elevados). As refeições eram feitas no chão e os alojamentos eram superlotados, sem chuveiros suficientes
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Neste ano, foram pagos mais de R$ 2 milhões em verbas rescisórias e indenizações por danos morais – o resultado da atuação conjunta entre MTE, MPT e DPU, que em alguns casos resultou na assinatura de Termos de Ajuste de Conduta (TACs) com empregadores fiscalizados
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“Novas situações de exploração do trabalho em condição análoga à de escravo estão sendo identificadas na Paraíba, inclusive na última semana, em João Pessoa e Cabedelo. Quem procura trabalho não pode encontrar escravidão”, declarou a procuradora do Trabalho e coordenadora regional da CONAETE/MPT, Marcela Asfóra
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O perfil dos trabalhadores resgatados revela que vinham de pelo menos 20 municípios paraibanos, além de Pernambuco, Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro
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. Muitos teriam sido aliciados em cidades do interior, atraídos por promessas de emprego formal, e acabaram submetidos à exploração em obras na capital e em outros estados
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Para denunciar casos semelhantes, o MPT da Paraíba disponibiliza canais como o Disque 100, o WhatsApp oficial (83 3612‑3128) e o aplicativo Pardal, além de plataformas online de denúncia no site estadual e nacional do MPT
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Por que o crescimento é tão expressivo?
A concentração de casos na construção civil, especialmente em obras urbanas, mudou o perfil dos resgates, que antes se restringiam a pedreiras rurais;
O fortalecimento das operações de fiscalização integrada com órgãos federais e estaduais ampliou o alcance da ação;
A atuação do MPT com campanhas de prevenção ao tráfico de pessoas e exploração laboral, principalmente no interior do estado, tem buscado evitar novos casos.