Brasil registra um caso de envenenamento a cada duas horas, aponta levantamento

 


🚨 O Brasil enfrenta um cenário alarmante: um caso de envenenamento é registrado a cada duas horas nas emergências da rede pública. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (8) pela Associação Brasileira de Medicina de Emergência (Abramede) e revelam que, em dez anos, o país contabilizou 45.511 internações por intoxicação.

Entre os casos, 3.461 pacientes foram vítimas de envenenamento proposital, provocado por terceiros. Segundo a entidade, a facilidade de acesso a substâncias tóxicas, a falta de fiscalização e até a utilização em contextos íntimos — muitas vezes motivados por conflitos emocionais — tornam o quadro ainda mais preocupante.

O que mais causa envenenamentos

📌 Drogas, medicamentos e substâncias químicas não especificadas estão no topo da lista de causas. Só analgésicos e remédios usados para dor, febre e inflamação foram responsáveis por mais de 2,2 mil casos. Também aparecem em destaque os episódios com pesticidas, álcool e sedativos.

Onde mais acontece

🔴 O Sudeste concentra quase metade dos casos, com mais de 19 mil registros em dez anos. Só São Paulo respondeu por 10.161 internações.
🟠 O Sul aparece em seguida, com 9.630 atendimentos, puxados por Paraná e Rio Grande do Sul.
🟡 O Nordeste somou 7.080 casos, sendo a Bahia o estado com mais ocorrências.

Quem são as vítimas

A maior parte dos casos envolve homens (23.796). As faixas etárias mais atingidas são adultos de 20 a 29 anos (7.313 registros) e crianças de 1 a 4 anos (7.204 registros).

Casos recentes que chocaram o país

Nos últimos meses, episódios ganharam repercussão nacional:

  • 🎂 Em dezembro de 2024, três pessoas de uma mesma família morreram após comer um bolo contaminado com arsênio no Rio Grande do Sul.

  • 🍽️ Em janeiro de 2025, uma ceia de Réveillon adulterada com inseticida matou cinco pessoas no Piauí.

  • 🍫 Em abril, duas crianças morreram no Maranhão depois de comer um ovo de Páscoa envenenado.

  • 🥤 No mesmo mês, em Natal, uma bebê de 8 meses morreu após ingerir açaí contaminado entregue como presente.

A Abramede reforça a importância da atuação dos médicos emergencistas nesses atendimentos e alerta para a necessidade de mais fiscalização e punições severas.

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