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SINAL DE PAZ: Dilma afirma que não tem interesse em interferir no PMDB

O principal assunto nesta sexta-feira (11), em Brasília, ainda foi o pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. Ela tem conversado com partidos aliados para tentar derrubar o processo.

Hoje, a pressão no Congresso sobre os parlamentares do PMDB é grande para escolherem entre governo ou oposição. Incomodados com o que consideram interferências do Planalto, os defensores do impeachment falam em antecipar a convenção nacional, que está marcada para março, para discutir a saída oficial do PMDB do governo.

Uma das questões que preocupa o Planalto é a troca do líder do partido na Câmara. A presidente Dilma negou que o governo esteja articulando para trazer de volta para a liderança do PMDB na Câmara o aliado Leonardo Picciani. Na conversa de quarta-feira (9) com Michel Temer, Dilma ouviu do vice o pedido para que o governo não interviesse nos assuntos internos do PMDB.

“A minha conversa com o vice-presidente Temer, presidente do PMDB, eu entendo que ele tenha considerações a respeito do PMDB. Ele é presidente do partido. Então, o governo não tem o menor interesse em interferir nem no PT nem no PMDB nem no PR. Agora, o governo lutará contra o impeachment. São coisas completamente distintas”, afirmou Dilma.

Picciani disse que está convicto de que vai reassumir a liderança até o meio da semana que vem, apesar de adversários já falarem na sua expulsão do PMDB. Ele diz que foi eleito líder no início da legislatura, como acontece há dez anos, e que ficou constrangido com a substituição.

Outros partidos aliados também têm se movimentado. Na noite de quinta-feira (10), a presidente Dilma recebeu para um jantar no Palácio da Alvorada o ex-ministro da Integração Nacional Ciro Gomes, que agora está no PDT. O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, do PMDB, também participou. Ciro vem atacando publicamente o vice-presidente Michel Temer. Ele critica a postura do vice diante do pedido de impeachment.

O vice-presidente passou o dia em São Paulo. Em uma conferência sobre Constituição e democracia sobre o pedido de impeachment, ele voltou a dizer que as instituições estão funcionando bem no país. Temer também falou sobre o papel do Executivo. Propôs que o Congresso tenha mais participação em algumas decisões de governo.

“Eu me atrevo a dizer que essa ideia é quase um semiparlamentarismo, porque o Legislativo passaria a participar ativamente do governo. E não haveria os problemas que hoje tem surgido: ‘ah, não tinha verba’, ’usou verba não sei de onde’.”

JN
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