Depois de condicionar o recebimento dos US$ 20 milhões do G7 para a Amazônia a um pedido de desculpas do presidente francês, Emmanuel Macron, o presidente Jair Bolsonaro voltou atrás e afirmou que as exigências para o recebimento de suporte financeiro são o reconhecimento da soberania do país e da autonomia do governo brasileiro para empregar os recursos. É o que disse o porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, em conversa com jornalistas no final da tarde.
“Quaisquer recursos advindos do exterior em benefício do combate a esse momento que vivenciamos de queimadas serão bem-vindos, mas também gostaria de reforçar que é essencial entendimento de quem venha a promover essa doação de que a governança desses recursos, financeiros ou de reposição de materiais e ferramentas, é do governo brasileiro”, disse.
Segundo o porta-voz, o governo está aberto a receber aportes de organizações e países, e que, em sendo oferecidos, haverá sempre um “estudo de situação” para verificar se a doação será aceita, como e o que será feito dela.
O porta-voz foi insistentemente questionado sobre se a ajuda do G7, então, seria recebida e se a exigência do pedido de desculpas de Macron havia sido deixada de lado. Mas a resposta acabou sendo sempre a mesma, a de que o governo está aberto, desde que a verba esteja condicionada ao reconhecimento da soberania e da governança do governo brasileiro.