Vereador de Cabedelo perde mandato por quantidade muito grande de faltas


A Mesa Diretora Câmara Municipal de Cabedelo, na Grande João Pessoa, decidiu na tarde desta sexta-feira (27) declarar a perda do mandato parlamentar do vereador José Eudes Santos de Souza (PTB), eleito em 2016 pela coligação ‘A Força das Novas Ideias II’, composta pelos partidos DEM, PSB, PTB e PSDC.
O motivo da cassação foi o excesso de faltas injustificadas às sessões deliberativas da Casa no ano de 2017, considerada uma infração disciplinar pelo artigo 37, inciso II, parágrafo 3º da Lei Orgânica do Município.
Com a decisão tomada, por três votos e duas abstenções, formalizada por meio da Resolução 230, de 27 de setembro de 2019, a Mesa Diretora declarou a vacância do cargo de vereador, comunicou o fato a Justiça Eleitoral da Paraíba, e já fez a convocação do 1º suplente da coligação, Beneval Severo dos Ramos, o Beninha (Democratas), que obteve 408 votos, para ser empossado como mais novo vereador da Casa.
Além da presidente Graça Resende, votaram pela cassação de Eudes, os vereadores Divino Felizardo (PRP) e José Pereira (PSDB). Já os vereadores Valdir Tartaruga e Benone Bernado, ambos do PRP, se averbaram suspeitos e não participaram do julgamento.
Após a cassação, Eudes, que foi eleito com 600 votos, disse que vai recorrer da decisão da Mesa Diretora na Justiça e ressaltou que a decretação da perda do mandato é retaliação à atuação parlamentar e das denúncias que formulou contra o esquema de corrupção na Prefeitura de Cabedelo.
“Tudo isso é resultado de perseguição política, porque fiscalizei e fiscalizo os desmandos na prefeitura e na Câmara Municipal. A operação Xeque-Mate não afastou todos os corruptos da administração municipal, ainda há ramificações desse esquema, na Prefeitura e na Câmara, que é presidida pela sogra do ex-vereador  Lucas Santino, inclusive a esposa dele, Priscilla Rsende Santino, e filha da presidente, ocupa o cargo de secretária da mulher do município de Cabedelo”, disse Eudes
Segundo ele, os processos contra os outros 10 vereadores, afastados e processados por quebra de Decoro Parlamentar “nunca serão julgados”, porque há “conivência e protecionismo político entre eles”. “O esquema da corrupção da Xeque-Mate continua instalado na prefeitura e na Câmara de Cabedelo, para acabar com ele, teria que afastar 95 dos políticos da cidade, que continuam com as mesmas práticas criminosas”, declarou.
Fonte: Portal Correio



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