Até a próxima sexta-feira (17), o governo do Estado vai publicar o edital reeditado com as medidas restritivas do isolamento social em combate ao coronavírus, no qual prorroga o prazo para reabertura do comércio, escolas e outros restabelecimentos nos municípios paraibanos.
O governador João Azevêdo (Cidadania) adverte que ainda não é o momento para que tudo volte à normalidade por conta do crescente número de casos de mortes e contaminações. Ele lembrou que o governo pode entrar com uma ação na Justiça contra atos de prefeitos que põem em perigo a população em descumprimento ao que determinam os órgãos de Saúde.
Azevêdo avalia ser um equívoco muito grande a flexibilização adotada pelo prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSD), ao relaxar o isolamento social neste momento em que os dados estatísticos de contaminação são crescentes no Estado.
“Eu, sinceramente, acho que não foi uma medida correta. Nós estamos diante de um momento em que a curva de contaminação está ascendente e muito verticalizada. Nós teremos mais casos. Sabemos que existe uma subnotificação em função da quantidade de testes que foram informados até agora. Fizemos aquisição de 200 mil testes rápidos para que possamos fazer uma testagem em escala maior, que vai comprovar o que a Saúde está dizendo e para que possamos ter um controle dessa doença”, esclareceu o governador.
Para ele, é um risco desnecessário o ato do prefeito campinense em flexibilizar a reabertura do comércio da cidade. “Não é hora de fazer isso. Eu espero que quem esteja tomando essas decisões não tenha que vir a público pedir desculpas, posteriormente, pelas consequências que irão causar”, enfatizou.
O governador explicou ainda que o decreto está sendo reeditado em conformidade com o perfil epidemiológico, em função do número de casos e do agravamento ou não da situação para se tomar as medidas necessárias. Portanto, a prorrogação natural do decreto para o Estado continuará com avaliação que tem.
Ele confirmou que na Paraíba há 152 casos e 21 óbitos, e a tendência é que até antes do final do mês, nós tenhamos mais de 500 infectados pelas projeções da Secretaria da Saúde.
“Isso nos preocupa muito. Houve de certa forma um relaxamento do isolamento social por conta de uma série de falas que acontecem no país, no sentido de que não há mais contaminação e que as pessoas podem ir às ruas. Isso é um grande erro, quando se sabe que existem milhões de infectados e já morreram mais de 125 mil pessoas”, destacou.