Os auditores constataram que o empenho de R$2.8 milhões foi anulado
no dia 2 de abril e que nenhum pagamento chegou a ser realizado à
empresa que organiza a festa.
“Diante de todo o exposto, entende este corpo técnico que, embora
exista a presença do requisito da fumaça do bom direito, o cancelamento
do empenho existente nos registros contábeis informados no Sagres e no
Portal de Transparência da edilidade, até a conclusão do presente
relatório, e a ausência de informação de qualquer outro ato
administrativo já constituído vinculado à despesa com a festividade de
São João de Campina Grande em 2020, afastam a presença de um dos
requisitos essenciais para emissão de uma cautelar: o perigo da demora”,
avaliam os auditores.
A auditoria ainda recomenda que a festa não seja realizada durante a
pandemia da Covid-19. Em caso de cancelamento, os auditores sugerem que
“seja considerado no âmbito da gestão pública municipal, a discussão,
inclusive por meio de projeto de lei, sobre a realocação de recursos das
festividades para as áreas mais sensíveis no contexto atual, como a da
saúde ou da assistência social”.
A festa, prevista inicialmente para acontecer no mês de junho, foi
adiada para outubro pela Prefeitura desde o mês passado. O objetivo foi
seguir as recomendações das autoridades de saúde e evitar a realização
de eventos durante a pandemia. A representação do Ministério Público de
Contas (MPC) e a auditoria ainda serão analisadas pelo conselheiro
substituto Antônio Cláudio Silva Santos, relator do caso.
Redação Paraíba Debate com informações do Pleno Poder