“Governadores Disputam o ‘Espólio’ de Bolsonaro no Agro em Feira de R$ 15 Bi”
Governadores Disputam o “Espólio” de Bolsonaro no Agro
Romeu Zema (MG), Ronaldo Caiado (GO), Ratinho Junior (PR) e Tarcísio de Freitas (SP) têm marcado presença em feiras agrícolas para herdar o capital político de Bolsonaro junto ao setor — mas enfrentam limites institucionais e eleitorais.
Presença nos Grandes Eventos
- Expozebu em Uberaba (26.abr.2025): Zema, Caiado e Ratinho Jr. abriram a mostra.
- Agrishow em Ribeirão Preto (27–28.abr.2025): espera-se R$ 15 bi em intenções de negócios.
- Tarcísio de Freitas terá espaço para anunciar pacote ao agro no IAC.
Símbolos e Conexões
Bolsonaro virou “patrono” informal do agro após gesto de “plantar sementes” em 2024, referência usada pelos governadores para se aproximar do setor.
A antecipação de horários exclusivos para autoridades e a presença de Alckmin como representante federal evidenciam disputa de espaço simbólico na feira.
Estratégias Financeiras
Fiagro Estadual do Paraná
Ratinho Jr. lançou o primeiro Fundo de Investimento em Direitos Creditórios para o agro, com R$ 350 mi de aporte e potencial de R$ 2 bi em crédito.
Projeção de Negócios
A Agrishow projeta R$ 15 bi em intenções de negócios, recorde impulsionado por café, cana e juros ainda altos.
Limites e Riscos
Inelegibilidade de Bolsonaro
Bolsonaro está inelegível até 2030, abrindo espaço para esses nomes, mas reduzindo o “espólio” eleitoral que poderiam herdar.
Expectativa de Entregas
O setor agro valoriza resultados concretos: em 2023, ausência de Bolsonaro na Agrishow gerou mal-estar entre organizadores e patrocinadores.
Calendário Eleitoral
Qualquer capital político adquirido em 2025 precisará sobreviver ao início oficial das campanhas em 2026; alianças pontuais não garantem transferência de votos.
Conclusão
A movimentação nos eventos agro é tentativa de herdar prestígio de Bolsonaro por meio de fundos como o Fiagro e discursos de unidade. Contudo, inelegibilidade, protocolos de evento e exigência de resultados reais atuam como freios nesse jogo pelo “espólio” presidencial.