João Azevêdo e Pedro Cunha Lima marcam posição e dão largada à corrida de 2026
A próxima segunda-feira será um divisor de águas na política paraibana. Dois movimentos importantes, de lados opostos, vão abrir oficialmente a temporada de pré-campanha no estado.
Pela manhã, Pedro Cunha Lima oficializa sua filiação ao PSD, em um ato carregado de significado. A troca de partido simboliza mais do que uma mudança de legenda: é uma nova estratégia. Pedro deixa o PSDB, partido tradicional da família, para apostar em uma sigla nacionalmente estruturada, com mais força para enfrentar o projeto do governo em 2026.
A entrada no PSD também sinaliza a reorganização da oposição, que tenta se unir em torno de um nome competitivo desde a última eleição.
Já no período da tarde, o PSB reunirá lideranças para transferir o comando estadual a João Azevêdo. O movimento, além de fortalecer o governador internamente, aponta para uma liderança ampliada no campo governista. Com a caneta do partido na mão, João passa a controlar a montagem de chapas e articulações para o ano que vem — e ganha fôlego para avaliar um possível voo próprio rumo ao Senado Federal.
O que está em curso é a formação dos blocos que vão polarizar a próxima eleição.
Pedro, com um discurso de renovação e oposição, aposta no desgaste natural de um governo que já soma dois mandatos. João, por sua vez, tenta manter a base coesa, fortalecer seu grupo e pavimentar sua sucessão sem perder o protagonismo político.
Segunda-feira, portanto, não será apenas mais um dia de agenda partidária. Será a largada para uma corrida que promete ser dura, cheia de articulações de bastidores e, principalmente, de definições que vão além de 2026.
Quem construir melhor sua base agora, larga na frente.