Na política paraibana, todo mundo diz que está tudo bem — mas a base do governador João Azevêdo parece estar num verdadeiro jogo de quebra-cabeça. E o pior: sem o gabarito com a foto para orientar a montagem.
A grande dúvida é: quem será o candidato da situação ao Governo em 2026? Tem muita gente se achando com potencial, mas ninguém sabe ao certo quem será o escolhido. E aí vem a pergunta de um milhão: João vai ou não vai para o Senado? Dizem que é essa resposta que organiza tudo. Mas… será mesmo?
Se João disser agora que é candidato a senador, pronto, tudo resolvido. Só que não. Lucas Ribeiro, nome mais ventilado como sucessor natural, teria que enfrentar uma guerra fria dentro de casa — com Cícero Lucena, o progressista que já está com a cela pronta, só esperando o cavalo passar.
E ainda tem o republicano: cheio de gás, mas sem nenhuma disposição de aceitar espaço pequeno na chapa.
Pra completar, João — que já não é de levantar a voz — teria que sussurrar. Porque, ao anunciar uma candidatura ao Senado agora, estaria praticamente passando a coroa antes da hora. Seria governador, mas sem expectativa real de poder. E convenhamos: é o tipo de silêncio que fala alto nos bastidores.
Agora, e se João decidir ficar onde está? Abrir mão da disputa ao Senado pra manter o bastão até o fim? Pode ser — mas aí corre o risco de repetir o erro de Ricardo Coutinho lá atrás. E mesmo que fique, resolve o quê?
Talvez garanta o direito de tirar o nome do bolso do paletó e apontar o escolhido. Mas e se for alguém que nem está no radar? Ou mesmo se for um dos nomes já cogitados… quem garante que o grupo todo vai topar? E que isso vai unir a base?
No fim das contas, João ainda não crava nada porque sabe que pode gastar munição e continuar com o exército dividido — ou pior, sem comando.
E no meio disso tudo, acredite: há quem tenha saudade do estilo firme de um certo Ricardo Coutinho pra resolver as coisas.
Enquanto isso, a base segue como está: muita gente querendo ser, e ninguém sabendo quem será.
Lázaro Farias