O envio da água da Transposição do Rio São
Francisco para a Paraíba está comprometido desde o dia 22 de fevereiro deste ano, quando,
segundo o diretor presidente da Agência Executiva de Gestão das Águas da
Paraíba (Aesa), Porfírio Loureiro, teve início a recuperação da barragem de
Custódia, em Cacimba Nova (PE), limitando o funcionamento de estações de bombeamento. Atualmente, de acordo com
o gestor, a água não chega à Paraíba. Com isso, a Aesa faz ligações
emergenciais para garantir o abastecimento de cidades do Cariri do estado.
“O Ministério do Desenvolvimento Regional já começou a religar estações
de bombeamento em Pernambuco. Já estão funcionando, em fase de testes, a EBV-1
e EBV-2. A previsão é de que até 4 de setembro sejam religadas todas, até a
EBV-6, fazendo com que a água do São Francisco volte a chegar à Paraíba.
Enquanto isso, o abastecimento das cidade do Cariri está ocorrendo a partir do
reservatório de Camalaú”, contou o diretor presidente da Aesa.
O açude de Camalaú, com volume atualizado pela Aesa nessa segunda-feira
(29), está com 2.575.331 metros cúbicos, ou 5,35% do volume total. Conforme
explica Porfírio Loureiro, nesta sexta-feira (2), a ligação por esse manancial
deverá ser bloqueada e o fornecimento de água passará a ocorrer a partir do
açude Cordeiro, localizado no município do Congo, a 212 km de João Pessoa.
“Estão sendo instaladas bombas flutuantes do açude de Cordeiro que devem
garantir o abastecimento de água das cidades do Cariri enquanto o bombeamento
da Transposição não é religado totalmente”, informou Porfírio.
Em números divulgados nesta terça-feira (30), o açude de Cordeiro tem
acumulados 8.839.329 metros cúbicos, ou 12,63% de capacidade total. O diretor
presidente da Aesa garantiu que, mesmo em caso de não ocorrer o religamento da
Transposição do São Francisco no período esperado, esse volume do reservatório
da cidade do Congo é suficiente para abastecer o Cariri paraibano até o próximo
período chuvoso, em meados de março de 2020.
Créditos: Portal Correio