Entre rusgas e reconciliações, Queiroga joga água fria na treta entre Walber e Cabo Gilberto

 


A tensão entre os deputados Walber Virgolino e Cabo Gilberto Silva – ambos do PL – movimentou os bastidores da política paraibana desde a última sexta-feira. O que parecia ser mais um racha dentro da direita local ganhou novo tom nesta quinta (15), quando o presidente estadual do partido, o ex-ministro Marcelo Queiroga, resolveu intervir.

Com a calma de quem já viu de tudo na política, Queiroga adotou o papel de bombeiro e tratou as farpas trocadas entre os parlamentares como divergências passageiras.

“Naturalmente, no momento, eles divergem quanto à melhor estratégia de fazer oposição, mas eu estou certo de que estaremos muito mais fortes do que estamos hoje. As divergências entre eles não são tão grandes assim.”

O ex-ministro evitou alimentar especulações sobre divisões internas e se mostrou confiante numa reaproximação.

“Não vejo divisão. Pelo contrário, acredito que estaremos unidos, como estivemos em outras ocasiões em que diziam que isso não era possível.”

A fala remete ao chamado “triunvirato” de 2023, quando lideranças do PL que pareciam distantes uniram forças para as eleições deste ano.

“Nós vimos em 2023 a criação de um triunvirato, do qual todos diziam que o PL era uma divisão muito forte, que não tinha jeito de se unir, e a gente viu que, quando chegou em 2024, estávamos todos juntos.”

Para Queiroga, o respeito mútuo entre Walber e Gilberto continua sendo um ponto de equilíbrio, apesar das divergências de discurso.

“Tenho certeza de que Gilberto tem grande admiração por Walber, e que Walber também tem uma grande admiração por Gilberto. Estaremos juntos. Não tenho nenhuma dúvida disso.”

Enquanto parte da base acompanha o embate com apreensão, o comando do partido prefere apostar na diplomacia. Afinal, 2026 está logo ali — e rachaduras agora podem custar caro depois.

Postagem Anterior Próxima Postagem