A morte do professor Gilson Cruz Nunes, de 63 anos, chocou ainda mais com a revelação de que o autor do crime, Tércio Alves da Silva, 29, foi até a delegacia três dias após o assassinato para registrar um falso boletim de ocorrência, simulando o desaparecimento da vítima.
No documento, Tércio alegava que Gilson havia se afogado na Praia da Penha, em João Pessoa. A mentira mobilizou equipes do Corpo de Bombeiros e do GTA, que passaram dias vasculhando o mar — enquanto o corpo do professor já estava enterrado e concretado em uma área rural de Massaranduba, próximo ao Parque de Vaquejada.
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O crime aconteceu após uma discussão na casa da vítima, no bairro Cuité, em Campina Grande. Gilson e Tércio tinham um relacionamento antigo, o que torna o caso ainda mais delicado.
Com a falta de evidências no mar, a Polícia Civil passou a desconfiar da história. A investigação, feita por equipes de Campina Grande, João Pessoa, Unintelpol e CICC, levou à prisão do suspeito, que confessou o assassinato e indicou onde escondeu o corpo.
Tércio foi autuado por homicídio qualificado e ocultação de cadáver, e deve passar por audiência de custódia.
Lázaro Farias