A Polícia Civil da Paraíba intimou, nesta sexta-feira (14), um grupo de servidores que trabalham diretamente em uma escola da rede municipal de João Pessoa para prestar esclarecimentos sobre a denúncia de violência sexual envolvendo um estudante de 12 anos com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
A investigação começou após a família informar à Delegacia de Polícia que o adolescente teria sido abusado dentro do banheiro da unidade de ensino por outros alunos, supostamente mais velhos. O caso ganhou repercussão após o relato ser formalizado na última quinta-feira (13).
“Vamos ouvir todos os responsáveis pelo acompanhamento do estudante”
Segundo o delegado responsável pelo caso, Diego Garcia, o objetivo é esclarecer a rotina da vítima na escola, identificar possíveis testemunhas e entender como a situação poderia ter acontecido dentro das dependências da instituição.
“Estamos adotando todos os procedimentos necessários. Servidores que têm contato direto com a criança serão ouvidos para esclarecer como funciona o acompanhamento escolar e quais circunstâncias poderiam ter permitido o fato”, afirmou o delegado.
Ele reforçou ainda que a prioridade da Polícia Civil é garantir a proteção do adolescente e avançar na coleta de provas.
Prefeitura diz que ainda não foi notificada oficialmente
Em nota divulgada nesta sexta-feira, a Secretaria de Educação de João Pessoa informou que não recebeu comunicação formal sobre o caso, mas que, devido à gravidade das informações, acionou a Polícia Civil para acompanhar a apuração.
O órgão destacou que estudantes com TEA são acompanhados por cuidadores e que nenhum profissional reportou situação semelhante. Ainda assim, reforçou o compromisso com a segurança e o bem-estar dos alunos.
“Qualquer denúncia será tratada com seriedade e total colaboração com as autoridades competentes”, disse a SEDEC.
Continuidade das investigações
Os pais da vítima relataram que os abusos teriam ocorrido dentro do banheiro da escola ao longo da semana. A identidade da unidade de ensino está sendo preservada para resguardar o adolescente.
A Polícia Civil segue ouvindo servidores, analisando imagens e reunindo elementos que possam confirmar ou descartar a denúncia.
