Papa: não devemos ser inutilmente severo e profundamente injusto

O  Padre presidiu, na tarde deste sábado, na Praça São Pedro, no Vaticano, à Vigília de Oração pela Família, promovida pela Conferência Episcopal Italiana, em preparação prévia da XIV Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos sobre a Família.

A Assembleia Sinodal sobre a Família será inaugurada na manhã deste domingo, na Basílica de São Pedro, no Vaticano, com uma solene concelebração Eucarística, presidida pelo Papa Francisco.

Os trabalhos sinodais, que têm como tema “A vocação e a missão da família na Igreja e no mundo contemporâneo”, se concluirão no próximo dia 25.

Na homilia, que pronunciou diante das milhares de famílias, na monumental Praça São Pedro, Francisco partiu das palavras do Patriarca Atenágoras:

“Sem o Espírito Santo, Deus fica longe, Cristo permanece no passado, a Igreja torna-se uma simples organização; a autoridade transforma-se em domínio, a missão em propaganda, o culto em evocação, o agir dos cristãos em uma moral de escravos”.

Por isso, o Papa pediu a oração dos presentes pelo Sínodo, para que “saiba reconduzir a uma figura de homem, na sua plenitude, a experiência conjugal e familiar; reconheça, valorize e proponha tudo o que nela há de belo, bom e santo”.

– Que os trabalhos sinodais possam abranger as situações de vulnerabilidade, que colocam a família à prova: pobreza, guerra, doença, luto, relações feridas e desfeitas, das quais brotam contrariedades, ressentimentos e rupturas; chamem a atenção das famílias, de todas as famílias, para o Evangelho, que permanece a ´Boa Nova´, de onde recomeçar – discorreu Francisco.

Por fim, recordou o papa, “a família é lugar de santidade evangélica, discernimento, gratuidade; é lugar de presença discreta, fraterna e solidária, que ensina a sair de si mesmo para acolher o outro, para perdoar e ser perdoados”.

Neste sentido, o Santo Padre expressou seu desejo de o Sínodo possa partir de Nazaré; mais do que falar de família, saiba aprender dela, reconhecendo a sua dignidade, consistência e valor, apesar das suas muitas dificuldades e contradições.

O Papa concluiu sua homilia fazendo votos de que este Sínodo para a Família possa descobrir a grandeza de uma Igreja que é “mãe”, capaz de gerar e zelar pela vida.

É preciso, frisou, “saber unir a compaixão à justiça”, para não ser inutilmente severo e profundamente injusto.

Enfim, a Igreja é “casa aberta”, sem grandezas exteriores; é acolhedora e suscita esperança e paz; ela foi a primeira a ser regenerada pelo Coração misericordioso do Pai.



Fonte: Da Redação com Ascom
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