JP-Os professores da rede estadual de ensino vão realizar uma paralisação da categoria no próximo dia 17. Conforme o secretário geral da Associação dos Professores de Licenciatura Plena da Paraíba (APLP), Fernando Lira, o objetivo da ação é pressionar o governo a acatar as reivindicações dos profissionais de educação do Estado.
Segundo Lira, haverá em João Pessoa, a partir das 9h, uma assembleia geral na sede da instituição, seguida de uma caminhada até o Palácio da Redenção e depois até a Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), para solicitar uma sessão pública visando a discutir a situação da categoria.
“Reivindicamos um reajuste imediato do piso salarial; a implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários; a derrubada dessa Medida Provisória do governo, que congelou as progressões horizontais e verticais dos professores e demais servidores da educação; além da realizacao de um novo concurso publico”, afirmou Lira.
“Estamos mobilizando neste momento todos os nossos professores da rede estaual, de Cabedelo a Cajazeiras, visitando e dialogando neste primeiro dia letivo. Há uma indignação e revolta geral pela falta de diálogo do governo. Já procuramos e enviamos dois ofícios nos últimos 12 meses solicitando audiência com o Estado e até agora não nos deram nenhuma resposta”, acrescentou o secretário geral da APLP.
Nesta manhã, durante a abertura oficial do ano letivo da rede estadual, que ocorreu na Escola Técnica de Mangabeira, o governador Ricardo Coutinho comentou sobre a reação das categorias sobre a suspensão da data base. “Acho que é legítimo reclamar. Eu gostaria de dar 25%, 30% de reajuste, quem não gostaria? Agora, evidentemente que cada um de nós está com o 'pezinho' no chão. Se me mostrarem uma única categoria que está tendo reajuste,aí eu diria, 'ai que bacana', mas não tem uma”, disse.
“O meu papel é garantir para a população da Paraíba, a manutenção dos serviços, porque eu não posso governar na lógica de uma outra categoria. A gente tem que governar na lógica de uma população que sofre os efeitos da crise, muitos deles não tem sequer empregos, e eu preciso olhar para eles, garantindo que o hospital funcione, que a escola seja melhor. E eu tenho certeza que a maioria dos servidores sabe o que estou dizendo”, complementou Ricardo.