O Portal Lázaro Farias, após acompanhar atentamente as recentes declarações do governador João Azevêdo (PSB) durante entrevista à TV Norte Paraíba, destaca os principais pontos da fala e apresenta uma análise de cenário com base no novo desenho político que se esboça para 2026. A sucessão estadual, as pressões para uma candidatura ao Senado e a disputa interna no Progressistas apontam para movimentações decisivas nos bastidores do poder.
🗳️ Progressistas define o rumo: Lucas ou Cícero?
O governador deixou claro que a escolha do nome que representará o Progressistas na chapa governista em 2026 é uma decisão exclusiva do próprio partido. João evitou qualquer sinalização de preferência entre o vice-governador Lucas Ribeiro e o prefeito da capital, Cícero Lucena, ambos filiados à legenda.
“Cabe ao Progressistas definir. Não é uma preferência nossa”, frisou o governador, reforçando que caberá à legenda decidir "de que forma e com que nome irá participar da chapa".
Essa afirmação posiciona o Progressistas como um dos principais atores no processo de sucessão, tornando ainda mais acirrada a disputa interna entre Lucas e Cícero.
🕰️ Formação da chapa sem imposições
João Azevêdo voltou a defender uma política baseada no diálogo e na construção coletiva, distante de práticas impositivas. Segundo ele, a definição da chapa governista ocorrerá “no tempo correto”, com respeito à autonomia de cada legenda aliada.
“Essa talvez seja uma diferença muito grande na forma de fazer política que alguns estão acostumados: o coronelismo. E não é assim que eu faço política.”
A fala serve como recado para eventuais pressões externas ou articulações que tentem forçar definições prematuras dentro da base.
🏛️ Senado em 2026? Apelo de Lula e do PSB pesa na decisão
João admitiu considerar disputar o Senado em 2026, reforçando que essa possibilidade depende da construção de uma “equação política” que assegure a continuidade administrativa do estado.
O governador revelou que tem sido estimulado pelo presidente Lula e pela direção nacional do PSB, incluindo Carlos Siqueira, presidente nacional do partido.
“Isso tem um peso significativo e está sendo levado em consideração”, disse João, demonstrando que a saída do governo é uma possibilidade real.
❌ Porta praticamente fechada para Veneziano Vital
Sobre uma eventual reaproximação com o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB), João Azevêdo foi taxativo ao considerar a hipótese “muito difícil”, embora evitando usar a palavra “impossível”.
O motivo? Contradições na postura do emedebista, que defende Lula em Brasília, mas mantém aliança com grupos bolsonaristas na Paraíba, especialmente em Campina Grande.
“Nós somos frutos de nossas escolhas. O senador escolheu um caminho.”
A declaração praticamente encerra qualquer expectativa de reedição da aliança de 2018, quando os dois estiveram no mesmo palanque.
🔍 Leitura de cenário: o jogo começou
As falas de João Azevêdo inauguram, de forma clara, a pré-temporada eleitoral na Paraíba. A equação da base governista passa por três elementos principais:
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A decisão do Progressistas entre dois nomes fortes — Lucas Ribeiro e Cícero Lucena —, com impacto direto na composição da chapa.
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A possível candidatura de João ao Senado, que dependerá de garantias de continuidade e